Condôminos e empregados: parceria um tanto desafinada

O relacionamento entre funcionários e moradores, em muitos condomínios, ainda está muito longe do ideal. Entre eles, agressões e indiferença marcam uma convivência que deveria ser vista como uma parceria.

Quando se discute a importância de relacionamentos saudáveis em um condomínio, na maioria das vezes chama-se a atenção apenas para a convivência entre os condôminos, e pouco se fala sobre os relacionamentos envolvendo funcionários e moradores. Há muito mais divergências entre eles do que se imagina, principalmente por falta de entendimento entre as partes sobre os deveres e direitos de cada um. Infelizmente, muitos condôminos abusam de sua posição, sentindo-se no direito de dar ordens a funcionários, ameaçá-los e até humilhá-los, por pagarem a taxa condominial. Por outro lado, funcionários desconsideram condôminos, não atendendo a algum pedido feito. Como entender estes limites?

De antemão, é preciso entender que os funcionários de um condomínio – desde o servente ao zelador/administrador – estão diretamente ligados ao síndico. É ele quem delega tarefas e quem cobra qualidade e cumprimento das funções previamente estabelecidas. E, por outro lado, é o síndico que tem que prestar contas aos moradores da qualidade do serviço prestado pelos empregados. Então, qualquer insatisfação ou reclamação a ser feita de algum funcionário, o morador deve encaminhar-se ao síndico, que tomará as devidas providências. Convidar o síndico para atuar como mediador na relação morador-funcionário impede muitas agressões e desentendimentos.

Indiferença e motivação

É comum também existirem condôminos que não sabem nem o nome dos funcionários de seu prédio, mesmo que estejam convivendo há muito tempo. Há condôminos que não atentam para a importância de uma comunicação saudável com os funcionários, demonstrando, pelo menos, um interesse pelo seu estado de saúde. E muitos acham que por pagarem a taxa condominial podem exigir dos funcionários determinados serviços, na hora que acham necessário. Já os funcionários precisam considerar as solicitações, quando feitas de forma educada, dos moradores. Caso não seja possível atendê-los naquele momento, o funcionário deve esclarecer os motivos. Todas estas dificuldades de comunicação entre funcionários e moradores interferem na organização e no funcionamento de todo o condomínio. E não são os bate-bocas nem as agressões mútuas que solucionarão os problemas.

Para o trabalhador, relacionar-se bem com os moradores é uma motivação para a realização de suas atividades profissionais, uma vez que estar inserido em um ambiente de trabalho agradável é o desejo de funcionários das mais diversas categorias. Além disso, o bom relacionamento entre empregado e condôminos influencia o andamento da rotina condominial e estimula o condômino a valorizar o seu patrimônio.

Os obstáculos no relacionamento entre funcionários e moradores se reduzirão na medida em que cada uma das partes perceber a importância do outro naquele condomínio e souber respeitar as diferenças e as regras de uma boa convivência, como por exemplo, saber respeitar a hierarquia presente no local de trabalho, saber ouvir, discutir e argumentar e valorizar o trabalho e as pessoas que convivem diariamente. Como se vê, ambas as partes precisam tomar iniciativas no sentido de garantir a boa convivência em um condomínio: condôminos precisam de serventes, porteiros e zeladores; estes precisam de moradores, que desejem os seus serviços.

Fonte: Jornal do Síndico


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